Se você costuma passear pelo catálogo da Netflix, já encontrou chamadas para a minissérie ˝O gambito da rainha˝. E se você gosta desse tipo de programa, provavelmente já a assistiu. Ainda assim, vá em frente nesse texto porque a ideia aqui é conferir como é que as seis competências estabelecidas para a atual temporada da Porto se relacionam com a história de uma enxadrista de sucesso.
Para começar, é preciso dizer que ˝O gambito da rainha˝ não é a história de uma monarca de pernas finas. Sem dar spoilers, essa série de nome esquisito narra a vida de Beth Harmon, uma menina que perde a mãe e vai morar num orfanato, nos Estados Unidos dos anos 1950.
Lá, meio que por acaso aprende a jogar xadrez, o fator responsável pela transformação de sua vida. Ah, e o tal gambito do título nada mais é do que um lance do jogo em que algumas peças são sacrificadas em troca de ganhos como tempo, espaço, desenvolvimento ou linhas abertas.
Primeiros passos
Contando assim até parece que foi fácil. Mas aí nem haveria seriado. Beth precisou de muita coragem para traçar seus caminhos na vida e no tabuleiro. Coragem para aprender o jogo; para enfrentar o machismo nas competições (muitas vezes ela era a única mulher nos torneios) e para encarar situações que você precisa assistir para conferir.
Indo além do manual
Um aspecto que fica claro em ˝O gambito da rainha˝ é a necessidade de ir além do básico, daquele ˝mínimo necessário˝ para alcançar grandes objetivos. Beth poderia aprender as regras do xadrez e se tornar uma boa jogadora, mas ela tinha metas mais claras. E percebeu que para chegar nelas precisaria de muita criatividade para “sair da caixa” e inventar grandes jogadas, abordagens e movimentos.
É impossível ser feliz sozinho
Já dizia o poeta Tom Jobim, não é mesmo? Uma das grandes sacadas da série é mostrar que há muita parceria envolvida num jogo aparentemente solitário como o xadrez. Em diversos momentos, Beth recorre à rede de parceiros que constrói para sair de xeques-mate, seja na vida ou no tabuleiro.
Enxergando além
Esse talvez seja um dos aspectos mais fascinantes de ˝O gambito da rainha˝. A série mostra que o xadrez é muito mais do que um jogo em que você traça sua estratégia e reage à do adversário. É fundamental olhar além, antecipar movimentos, imaginar todos os caminhos possíveis e se preparar para as variáveis. Sem visão integrada é impossível tirar o peão do lugar.
Dedicação à toda prova
Beth Harmon está ali para vencer. Jogar por jogar nunca fez parte de seus objetivos. Para isso, ela pratica, lê, estuda e se prepara para ser a melhor jogadora de xadrez que pode ser. Sua capacidade de entrega não surge do nada, é o resultado do combo talento + dedicação, e isso faz de Beth uma heroína mais próxima de nós. Ela tem um dom, mas corre atrás para entregar seu melhor.
Desapega, Beth!
Ao longo dos sete capítulos, Beth aprende o valor do desprendimento. E aqui a metáfora do tabuleiro cabe, mais uma vez, com perfeição. Afinal, a própria jogada que dá nome à série é um ato de desprendimento, como explicamos acima. E a protagonista não desapega somente de peças em grandes jogadas, mas também de hábitos e posturas que, em determinados momentos, deixam de fazer sentido.
Num celular, tablet, computador ou televisão perto de você
Para assistir a ˝O gambito da rainha˝ é preciso ter acesso à Netflix. A minissérie tem sete episódios, de cerca de uma hora cada, e foi inspirada num livro de mesmo nome escrito em 1983.
Para saber mais sobre a repercussão da série, leia aqui.