Transformação digital: a ajuda que faltava rumo ao nosso sonho

Autonomia, pensamentos ágil e digital, e protagonismo são as chaves para este processo.

A transformação digital já está rolando faz tempo na Porto. Desde 2014, há times dedicados a promover o uso de metodologias ágeis para a solução de nossos desafios e a criar uma cultura cada vez mais digital. 

Em 2020, quando lançamos nossa Temporada, surgiram novas necessidades como a centralidade do cliente, decisões baseadas em dados, inovação e tecnologia com resultados em escala. E, desde então, a transformação digital vem sendo promovida na Porto como peça-chave para ajudar a evoluir esses e outros aspectos, principalmente para alavancar áreas que são estratégicas para o alcance do nosso sonho.

 

ATO: afinando os instrumentos da transformação digital

Em sua edição #8, o Nosso Porto falou sobre a criação do ATO (Agile Transformation Office) a partir do processo desenvolvido pela Consultoria Bain & Company junto aos executivos da Porto. Seu papel é dar continuidade e orquestrar o processo de transformação digital da Companhia. Mas, no processo de consultoria, nasceram também recomendações para as áreas de Tecnologia e Pessoas. 

Cibele Silveira, da Diretoria de Pessoas e Sustentabilidade (arquivo pessoal).

Cibele Silveira e Everton Calixto trabalham diretamente com transformação digital dentro da Diretoria de Pessoas e Sustentabilidade e contam que uma das recomendações foi a criação de uma estrutura que olhasse de forma integrada para o movimento de transformação digital e para a jornada do(a) colaborador(a).

Essa estrutura nasceu bebendo das metodologias ágeis, e está organizada em squads e Tribo. “Cinco squads consolidam uma tribo dentro do RH, e essa tribo é a da jornada do(a) colaborador(a). Cada squad é responsável por uma etapa dessa jornada, ou seja, por recrutamento e seleção, desenvolvimento, performance, remuneração e cultura”, explica Everton.

Um de seus eixos tem a função de apoiar o ATO e todas as áreas para fazer com que o movimento de transformação digital aconteça por meio da disseminação de conteúdo, orientação das lideranças e trabalho com o mindset dos times. O outro eixo olha para os processos, para a experiência proporcionada e também para a tecnologia oferecida pela área de Pessoas para evoluir no processo. “Dentro da squad de carreira e desenvolvimento, foi composta uma estratégia baseada em três pilares: formar, acelerar e atrair“, completa Everton.

EAD e LOAD: digitalizando corações e mentes: 

Everton Calixto, da Diretoria de Pessoas e Sustentabilidade (arquivo pessoal).

A principal iniciativa do pilar de formação foi o lançamento de um EAD chamado “Transformação Ágil e Digital na Porto Seguro”, que demonstra o que a Porto vem construindo em relação à transformação digital e o que espera das pessoas neste sentido. Esse material foi produzido em conjunto com o ATO, para que servisse de base para esse movimento. 

“O curso está dentro do catálogo do LOAD (sobre o qual falamos aqui) e é aberto a todos(as). É possível acessá-lo via ELO ou Portonet. Estão disponíveis também outros três novos EADs relacionados à parte mais técnica da transformação digital. Com eles, é possível entender como funciona a agilidade, o que acontece numa squad, e também um pouco de mindset”, detalha Cibele.  

Um START nas carreiras digitais

Com o intuito de criar um pool interno de talentos, foi criado o START, um programa de formação profissional para carreiras digitais voltado tanto para colaboradores(as) como para o público externo. “Existe uma grande demanda em relação a essas carreiras, então resolvemos apostar na formação deles(as) aqui na Porto. O foco do START é formar profissionais em tecnologia, dados e experiência do cliente”, explica Cibele. 

O START tem duração de quatro a seis meses, com aulas três vezes por semana, no período da noite. “Vamos ensinar as pessoas a fazer codificação, programar tecnologia, fazer análise de dados, design e prototipagem”, anima-se Everton. 

O curso tem uma forte contrapartida social, pois é 100% gratuito e tem metas a cumprir em relação à diversidade. Para a edição piloto, foram disponibilizadas 114 vagas, sendo 80% para o público externo e 20% para público interno. Não existe restrição de idade ou exigência de formação prévia em tecnologia. Para participar, é preciso ter mais de 18 anos, ensino médio completo e residir em São Paulo.

A primeira turma do START começou em 1 de fevereiro. O programa recebeu 8.317 inscrições, sendo 6.817 de pessoas de fora da Porto e 1.500 de colaboradores(as). 

“Vamos acompanhar o desempenho dos(as) participantes. Faltando dois meses para o final, as vagas relacionadas a essas carreiras serão mapeadas e as pessoas terão a oportunidade de efetivação”, afirma Cibele. “Afinal, temos a expectativa de contratar mil profissionais de perfil digital até 2025”, completa Everton. 

Além do START, outras iniciativas estão em curso para tornar a Porto cada vez mais atrativa para profissionais com esse perfil. “Estamos fortalecendo nossa marca empregadora nas redes sociais e seguimos nos posicionando como uma empresa voltada para a tecnologia”, reforça Everton. 

Reescrevendo nosso código fonte

Para Everton, a transformação digital começa com pequenos passos que desaguam em grandes movimentos. O pulo do gato está em olhar para o tema, enxergá-lo como prioritário e provocar a estrutura, pares e líderes para contribuir para este movimento. 

Os conteúdos elaborados, e que já estão disponíveis, apontam para esta direção. Eles demonstram que é possível beber de métodos ágeis até mesmo em rotinas simples, na forma de acompanhar projetos, de se comunicar com a equipe, ou de utilizar ferramentas para a gestão do tempo. 

E mesmo que nem todas as áreas da Companhia adotem ainda o formato de trabalho em squads ou metodologias ágeis, vale ressaltar que a mudança de mindset é para todo mundo. Cibele reforça: “a questão da mentalidade é a mais importante, pensar de forma ágil e em soluções simples.”

Cada um(a) de nós tem o potencial para se apropriar de metodologias, de formas de fazer e contribuir para a transformação digital. A Porto tem dado recursos para isso
Everton Calixto

O sonho de dobrar o número de clientes está intrinsecamente conectado aos atributos da transformação digital: decisões baseadas em dados, centralidade no cliente, utilização da tecnologia de forma massiva, inovação e resultados em escalas. 

“Para dobrar o número de clientes, temos de trabalhar com perfis diferentes, com centralidade naquilo que o(a) cliente demanda e entender quais são as necessidades dele(a) para construir soluções que sejam condizentes com elas”, pondera Everton. 

 

Dobrar o número de clientes é o que queremos, e a transformação digital é como iremos chegar lá
Cibele Silveira

Mas afinal, o que significa ser ágil? 

Rachel Loureiro, da equipe do ATO (arquivo pessoal).

Para entender direitinho o que está em jogo nessa nova forma de trabalhar e agir, e como este processo tem evoluído dentro da Companhia, o Nosso Porto bateu um papo com Rachel Loureiro e Luiz Suzuki, que fazem parte da equipe do ATO.

Apostar em ciclos de entrega mais curtos ao invés de planos de longa duração é uma das chaves para a agilidade. Experimentar, colher os resultados, avaliar o feedback dos clientes, definir e ajustar rotas fazem parte deste mindset. Essa flexibilidade torna os processos mais eficientes. 

Em relação aos times, a agilidade prega a autonomia, uma postura que leva à responsabilidade e ao senso de pertencimento. “Os(as) colaboradores(as) ágeis são cada vez mais protagonistas do próprio produto e da própria jornada. A agilidade traz esse espaço de transparência e colaboração, aliado à prática da gestão de portfólio, priorizando os objetivos e as iniciativas, garantindo o alinhamento dos times aos objetivos estratégicos mais amplos da companhia”, reforça Suzuki.

Luiz Suzuki, da equipe do ATO (arquivo pessoal).

Para Rachel, protagonismo é a palavra. Esse elemento, junto da autonomia, pressupõe um nível de maturidade alto, conquistado ao longo do tempo. “A agilidade prega que cada vez mais o time tenha voz ativa. Isso faz com que as pessoas comecem a se enxergar como parte da solução e não como alguém que simplesmente vem aqui e faz o que pediram para ser feito”, completa.

Colaboração, foco e trabalho em equipe também são fundamentais na opinião de ambos. Vale destacar que a confiança é a base desta forma de trabalho. Temos como missão promover cada vez mais um ambiente seguro para que os times tenham espaço para se expressar e contribuir com a evolução dos negócios. 

Sabemos que a transformação não acontece do dia para a noite. Assim, para ajudar neste processo, os Agile Coachs entram em cena a cada vez que uma nova equipe embarca na adoção e prática de metodologias e mindset ágeis. “São especialistas de referência que, preparados(as) para avaliar as particularidades de cada contexto e alinhados(as) ao nosso playbook (Guia de referência das boas práticas para times ágeis dentro da Porto Seguro), customizam soluções sob medida”, explica Rachel. 

Vale lembrar que nem todos os times irão necessariamente adotar essas metodologias, o que não significa que cada um(a) de nós não possa se beneficiar de elementos desse modo de pensar. 

Estamos num momento único que não podemos desperdiçar, de alinhamento de boas intenções para atingir nosso resultado. Isso é positivo para a carreira de todos(as)
Luiz Suzuki
Unimos esforços de várias disciplinas em uma mesma direção. Frentes de trabalho do ATO, Jornada do(a) Colaborador(a), Customer Experience, Tecnologia e Dados estão atuando de forma integrada para acelerar o movimento de transformação digital dentro das Verticais de Negócio. Agora, é o momento de embarcar neste mindset para potencializar a experiência dos(as) clientes(as) e resultados
Rachel Loureiro
E aí, você já tá incorporando as metodologias ágeis em sua rotina?
Sim, aos poucos
Já tô acelerando!
Sim, aos poucos
Já tô acelerando!

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