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Mais uma etapa do JUNTOS, o programa de Diversidade e Inclusão da Porto, está funcionando a todo o vapor. Os grupos de afinidade de Raça e Etnia, Equidade de Gênero, LGBTI+ e Pessoas com Deficiência estão estruturados e trabalhando para que essas pautas façam cada vez mais parte do dia a dia de todos(as) os(as) colaboradores(as).
Vamos juntos(as) saber quais são os desafios, principais objetivos e atividades planejadas para este ano?
Raça e Etnia
Priscila Evangelista, líder do grupo de raça e etnia (arquivo pessoal).
Sensibilizar o conjunto de colaboradores(as) para o tema da diversidade é o principal desafio percebido pelo grupo de afinidade de Raça e Etnia. “A tendência é que as ações tenham impacto em quem participa ou se relaciona com as pautas, mas como fazer com que as pessoas como um todo se envolvam, sem que isso seja imposto?”, questiona Priscila Evangelista, líder do grupo.
Para tentar responder à questão, o grupo aposta em informação e formação. “Uma das ideias é oferecer um curso de diversidade dentro do elo transversal, que seja imprescindível para os(as) colaboradores(as), além de ações como palestras, rodas de conversas e outras atividades que temos planejadas para 2022”, coloca Priscila.
A primeira iniciativa do grupo foi mapear a população da Companhia para entender onde o grupo preferencialmente deveria atuar. “Descobrimos nesta pesquisa que a Porto tem uma realidade muito próxima do censo brasileiro de pessoas pretas e pardas, mas poucas ocupam cargos de liderança. Queremos entender se precisamos ter um pilar de desenvolvimento deste grupo de colaboradores(as) para que eles(as) possam, futuramente, ocupar cargos de liderança”, explica. “E mesmo na busca por estagiários(as) ou trainees, será que não temos de ampliar um pouco o espectro de universidades em que encontramos esses talentos?”, questiona Priscila.
Ela reforça que, em 14 anos de Porto, foi possível perceber a mudança de olhar para a diversidade. “A Porto sempre foi muito acolhedora, é o perfil da Companhia, mas de um tempo para cá percebemos outros movimentos nesse sentido”, comemora. E deixa um recado: “você não precisa necessariamente estar dentro dos grupos, mas você é muito bem-vindo(a) para nos ajudar a desenvolver outros olhares, dar sugestões. É assim que construímos uma sociedade empática, que olha para o outro e entende a posição desse outro”, finaliza.
Conheça os(as) integrantes do grupo de afinidade de raça e etnia:
Pessoas com Deficiência
Giselia Lima, líder do grupo de Pessoas com Deficiência (arquivo pessoal).
Giselia Lima e Carolina Tiballi são líder e representante de RH, respectivamente, do grupo de afinidade dedicado às pessoas com deficiência. Segundo elas, 2021 foi um ano de muitos desafios para o grupo, entre eles a elaboração de um plano de ação para apresentar aos padrinhos/madrinhas. Para isso, o grupo buscou entender como é a rotina da pessoa com deficiência dentro da Porto. “Dentro deste pilar, nós temos deficiências intelectual, auditiva, visual, física ou múltipla. Cada um(a) sente o espaço físico de uma forma. Perguntamos se a Porto está acessível e inclusiva”, conta Giselia.
O grupo de afinidade é formado por pessoas com deficiência ou por pessoas vinculadas ao tema de alguma forma. “Cada um(a) trouxe sua experiência para contribuir com os planos de ação desenvolvidos. Um exemplo é a inclusão da tradução em libras nas comunicações internas, lives, webinars etc. Dessa forma, conseguiremos alcançar não somente nossos(as) colaboradores(as) com essa necessidade, mas também clientes, corretores, stakeholders. Ou seja, as pessoas com deficiência auditiva terão acesso aos conteúdos Porto. Inclusão total“, coloca Giselia. E não são somente os(as) promotores(as) que colocam a mão na massa. “Temos uma aliada na área de Cartões, a Luciana Pereira, que faz o atendimento a deficientes auditivos(as) e tem muito para contribuir com o grupo”, anima-se.
Carolina Tiballi, representante de RH do grupo de pessoas com deficiência (arquivo pessoal).
A Porto conta hoje com 576 pessoas com deficiência, 4,1% do quadro de colaboradores(as). Um dos temas do direcionador estratégico chama-se ‘atratividade e retenção’. Giselia explica que à medida que a Porto vai se tornando inclusiva e diversa, é natural atrair e contratar mais pessoas com deficiência. Carolina Tiballi reforça o interesse da Companhia em expandir este quadro. “É preciso sensibilizar a liderança para que isso aconteça e vá além do que determina a legislação”, afirma. “Muitas vezes, o(a) gestor(a) acaba abrindo um cargo inicial, mas precisamos pensar na continuidade e na carreira dessa pessoa aqui dentro também”, completa.
Para Giselia, o grande ponto positivo da iniciativa é contar com as pessoas com deficiência para realmente compor e criar os planos de ação. “No grupo, podemos formular o que seria ideal, como gostaríamos de trabalhar. Isso é uma demonstração de grande sensibilidade e inovação da Porto, pois nada foi imposto ou formulado “de cima para baixo”, finaliza.
Conheça os(as) integrantes do grupo de afinidade de pessoas com deficiência:
LGBTI+
Carolina Mendonça, líder do grupo de afinidade LGBTI+ (arquivo pessoal).
Segundo Carolina Mendonça e Lucas Cruz, líder e representante de RH do grupo de afinidade LGBTI+, o principal desafio para o 2022 é sensibilizar os times internos e a liderança, que será um grande agente de apoio para colocar em prática as ações planejadas.
A ideia é criar trilhas de conhecimento que afetem cada nível com ações diferentes. “Queremos incluir na jornada de boas-vindas informações simples, conceituais, mas sobre as quais muitas pessoas têm dúvidas”, explica Lucas. “Para a liderança, pretendemos entrar com ações já nas agendas que eles(as) têm, inserindo questões voltadas à temática LGBTI+”, completa.
Diferentemente dos demais grupos de afinidade, não há ainda um mapeamento da população LGBTI+ na Porto, outro grande desafio do grupo, conforme aponta Lucas. Portanto, uma das ações pensadas para o início deste ano é fazer este mapeamento. “Precisamos saber quantos(as) somos, quem somos, o quanto existe de representatividade de cada letra dentro da Porto. Além disso, esse mapeamento vai mostrar o quanto as pessoas se sentem à vontade para responder, porque isso também é uma informação”, pondera Carolina.
Lucas Cruz, representante de RH do grupo de afinidade LGBTI+ (arquivo pessoal).
Outro pilar do grupo são as ações relacionadas à revisão de políticas de RH, com o intuito de observar se existem oportunidades para ampliar essas políticas para o público LGBTI+ e, caso já existam, disseminar internamente, mostrando que a Porto se importa com a comunidade. “A ideia é reforçar que nós somos um porto seguro para todos(as), e que queremos ser também para os(as) colaboradores(as) LGBTI+”, afirma Lucas.
Lucas e Carolina reforçam o convite para que mais pessoas se aproximem do grupo e se engajem como aliados(as). “Acreditamos que pode haver certa resistência ao tema LGBTI+ pelo desconhecimento e falta de informação. Então, pedimos que as pessoas aproveitem as ações que estamos fazendo para se apropriar do tema”, completam.
Conheça os(as) integrantes do grupo de afinidade LGBTI+:
Equidade de gênero
Fernanda Paula Alves, líder do grupo de equidade de gênero (arquivo pessoal).
Para Fernanda Paula Alves, líder do grupo de afinidade de equidade de gênero, o principal desafio a ser enfrentado é despertar a consciência para a importância do tema, e também para os trabalhos e obstáculos invisíveis que as mulheres enfrentam como, por exemplo, a sobrecarga mental. “Acho que trazer a consciência de que equidade de gênero não é simplesmente ter mulheres na liderança é fundamental”, coloca.
O grupo pretende abordar esse e outros temas via Portonet, de forma colaborativa, direcionando essa comunicação ora para as mulheres, ora para os homens. “Afinal, todos(as) podem entrar nessa jornada e mudar suas atitudes”, afirma Fernanda. Há também um planejamento para as datas específicas, como o Dia Internacional da Mulher (8 de março). No mês de janeiro, voltado para a saúde mental, o grupo disponibilizou na Portonet um material sobre carga mental. Estão previstas também oficinas, rodas de conversas e palestras que materializem e aproximem o grupo do time de colaboradores(as) no decorrer de 2022.
Fernanda destaca o papel das promotoras e dos aliados(as) na construção do grupo. Enquanto as primeiras contribuem para estruturar o planejamento, trazendo para o grupo sua vivência nas áreas, o segundo é fundamental para disseminar os conteúdos relacionados à equidade de gênero.
Entre as ações que o grupo deseja encaminhar estão as relacionadas a recrutamento e seleção, com o objetivo de reduzir o viés inconsciente que pode haver dentro do processo seletivo. “Há também um pilar que estamos chamando de discovery. Entendemos que somente observar os dados de mulheres na liderança não é suficiente. Por exemplo, propomos uma ação de discovery para entender os motivos que as impedem efetivamente de chegarem lá”, explica.
“Estou bem animada, porque acredito que a mulher pode e deve estar no lugar que ela quiser. Nosso objetivo é dar oportunidades e trazer a consciência de que as mulheres podem querer ser líderes, e também podem não querer. O melhor que podemos fazer é tirar esses obstáculos estruturantes do caminho de todas nós”, finaliza.
Conheça as integrantes do grupo de afinidade de equidade de gênero:
